Opaleiros

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A História do Opala

Em 1966 a GM lança o projeto do primeiro carro brasileiro com a marca Chevrolet, "OPALA". O nome é dado pela fusão de dois produtos da GM no exterior (Opel e Impala).

Após dois anos de expectativa, o Chevrolet Opala é finalmente apresentado ao público brasileiro, no Salão do Automóvel em 1968, precisamente aos vinte dias do mês de novembro. Ele chega em quatro versões, todos quatro portas - Opala com 4 e 6 cilindros e Opala De Luxo também 4 e 6 cilindros, todos excepcionalmente confortáveis para seis pessoas, bancos dianteiros inteiriços, câmbio de três velocidades à frente com alavanca na coluna de direção, painel com poucos instrumentos, amplo porta malas e boa dirigibilidade.

Ambas as versões do Opala possuíam mecânica convencional. O motor refrigerado a água, com válvulas na cabeça e comando no bloco. O modelo 6 cilindros era um dos veículos nacionais mais veloz devido a relação peso/potência e de maior aceleração (0 a 100 em 13,3 s). Dois anos depois (1970), a linha Opala começa a se diversificar - é lançada a versão Opala SS (Separetd Seats ou Assentos Separados) e Opala Gran Luxo com motores mais potentes.

No ano de 1971 surge o Opala cupê, não possuia colunas laterais, o teto puxado para trás e perfil alongado, assim representava uma imagem mais esportiva, de carros compactos. Em seguida desapareceu a versão SS quatro portas, pois pelo aspecto esportivo era favorável sua apresentação em duas portas.

Como opção permanente era oferecido dois tipos de caixa de mudanças: Três velocidades e alavanca na direção, ou quatro velocidades e alavanca no assoalho, onde a segunda opção oferecia maior agilidade, economia de combustível e melhor desempenho, especialmente para os modelos quatro cilindros.

Foi em 1973 que toda linha Opala sofre as primeiras modificações. A que obteve maior resultado foi a da mecânica do 4 cilindros: aumentou-se o diâmetro dos cilindros e reduziu o curso dos pistões. Esse motor recebeu o nome de 151 e apesar da pequena alteração da cilindrada (2474cc), houve um considerável aumento de potência. Também foi introduzido o sistema de transmissão automática, sendo opcional para 6 cilindros, e em 1974 se estendia para os veículos 4 cilindros.

Somente em 1975, o Chevrolet Opala sofre a maior modificação no seu estilo, foram redesenhadas as partes traseiras e dianteiras. O capô recebeu um ressalto central e, para maior segurança, redondos encaixavam-se em molduras quadradas; as lanternas dianteiras foram instaladas na ponta dos pára-lamas; a grade dianteira, pintada em preto fosco, agora apresentava dois frisos horizontais. Instalados na parte traseira, quatro lanternas redondas, as duas internas funcionavam apenas como refletores e seu centro branco como luz de ré. A parte interior também sofreu modificações estilísticas.

A Família continuava a crescer: a perua Caravan chegava ao mercado em 1975. Um projeto iniciado em 1971, apresentado em uma única versão 4 cilindros, a perua Caravan, podia receber opcionais como motor 6 cilindros, transmissão automática, câmbio três ou quatro marchas, direção hidráulica ou outros, à escolha do comprador.

Lançou-se simultaneamente, nas versões cupê e quatro portas, o Chevrolet Comodoro que substituiria o Gran Luxo. Intitulado como o carro de maior status da linha, normalmente vinha equipado com motor 6 cilindros de 4.100cc, 184 cv de potência e 4000rpm, carburador de duplo corpo, transmissão manual de quatro marchas (ou automática) e direção hidráulica.

A GMB lançou um carro especial: O cupê 250S, um carro com maior desempenho que satisfez os compradores de modelos esportivos. Sua maior diferença era a preparação efetuada no motor de 6 cilindros, que tinha a relação de compressão aumentada para 8,0:1, comando de válvulas trabalhado e carburação dupla. A potência passou a ser de 153 cv, superior a antiga, desse modo o Opala 250S obtinha a aceleração de 0 a 100Km/h em apenas 10s.

Surge o Opala em versão básica em duas ou quatro portas de motor 4 cilindros, substituindo os modelos Especial e De Luxo que saia do mercado. O modelo básico estava preparado para aceitar transformações com diferentes opcionais: motor de seis cilindros ou 250S; câmbio de três ou quatro marchas, manual ou automático; e direção hidráulica entre outras modificações. Assim a partir de um modelo básico era possível obter qualquer modelo da linha, desde o antigo Especial até o modelo Comodoro.

Em 1975 os veículos foram equipados ainda com freio a disco nas rodas dianteiras, duplo circuito hidráulico, câmbio de três velocidades na coluna da direção e barra estabilizadora traseira. A mecânica era encontrada em quatro versões: Motor 151básico (4 cilindros, 2474 cc e 90cv); Motor 151 S (4 cilindros, 2474 cc e 98 cv); 250 (6 cilindros, 4098 cc e 148 cv) e 250 S (6 cilindros, 4098 cc e 153 cv).

Manteve-se a produção da linha esportiva mais simples - SS 4 cilindros com motor 151S e SS 6 cilindros com mecânica opcional do 250S, lançado em 1976 para se eternizar na mente dos apaixonados.

Em 1978, apesar de poucas mudanças na linha, a Caravan também ganhou sua versão SS.

Em 1980 é lançado o Diplomata, top de linha, que contava entre outros com direção servo-assistida e condicionador de ar, como item de série. O Diplomata conquista preferência executiva para aqueles que procuravam total conforto sobre rodas.

No ano de 1981, a linha sofre modificações interiores - volante inovado e painel mais atual. Em seguida lança-se a série Silver Star. No ano de 1983 o câmbio de 5 marchas entra no mercado.

As modificações ganham maior impacto deixando o Diplomata com aspecto mais agressivo - 1985. A estética externa do Diplomata ganha largas molduras laterais e faróis auxiliares de longo alcance. Internamente, instrumentos com novo designer e a evolução elétrica para controles dos vidros e retrovisores.

A nova frente, com faróis trapezoidais e lanternas traseiras por toda a largura do veículo é introduzido nos modelos fabricados em 1988, por dentro o volante de três raios escamoteável em sete posições e opcionais inéditos com alarme sonoro para lanternas e faróis quando ligados, controle temporizado dos faróis e luz interna, vidros elétricos com temporizador e ar condicionado com extensão para o banco traseiro (Para o Diplomata SE estes itens eram de série).

O potente motor 250S a gasolina, somente era oferecido sob encomenda e foi substituído por um modelo alemão, câmbio automático de quatro marchas e bloqueio do conversor de torque.

Ao lançamento do modelo 90 o motor de 4.1 litros, ganhava suavidade em seu funcionamento, potência e menores emissões. Os pistões ganhavam mais leveza e utilizavam bielas mais compridas, as mesmas dos 4 cilindros, resultando em forças laterais menores, agindo sobre os pistões. Foram modificados o carburador, agora Brosol 3E, coletores de admissão e em conjunto com a curva de avanço do distribuidor. Assim, a potência alterava de 135 cv para 141cv nos motores a álcool, e de 118cv para 121cv para os a gasolina.

Pára-choques envolventes e janelas sem quebra-vento, chegaram com o modelo 91, as rodas receberam aro 15, pneus 195/65. Para a mecânica, alterava-se os freios a disco nas quatro rodas e direção hidráulica Servotroni, de controle eletrônico.

A fabricação do fenômeno da industria automobilistica é encerrada. O último Opala é fabricado, no dia 16 de abril de 1992, saindo de linha a mais poderosa produção de conforto, durabilidade e potência, motivo evidente que deixa até hoje milhares de admiradores, que mesmo após 13 anos o consideram "O Imbatível".


fonte: http://www.opalaclube.com/historico.htm

sábado, 22 de janeiro de 2011

A Origem

Chevrolet Opala foi o primeiro automóvel de passeio fabricado pela General Motors no Brasil, tendo sido produzido de 1968 a 1992. Seu projeto (chamado de projeto 676) demorou cerca de dois anos, sendo finalmente apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, num sábado, dia 19 de Novembro de 1968, já como linha 1969. A fórmula do Opala combinava a carroceria alemã do Opel Rekord C / Opel Commodore A, fabricado de 1966 a 1971, à mecânica norte-americana do Chevrolet Impala. E ao longo de seus 23 anos e cinco meses de produção contínua, passou por diversos aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas, sendo fabricado na cidade paulista de São Caetano do Sul, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, até ao dia 16 de Abril de 1992, uma quinta-feira.
Durante o período em que esteve em produção, foram oferecidas paralelamente duas opções de motores ao Opala: 4 ou 6 cilindros, tanto para as versões básicas, quanto luxuosas ou esportivas. Todos os motores usados no Opala foram derivados de motores da Chevrolet Norte-Americana.
Essa mistura, onde combinava-se um motor americano a uma carroceria alemã, curiosamente resultou na peculiaridade de conviverem no mesmo projeto componentes com especificações técnicas baseadas no sistema de medidas Inglês, nos componentes do motor e transmissão, e no sistema métrico usado na Alemanha e no Brasil nas demais partes do veículo.
Dentre as qualidades do Opala, é notável o acerto dos freios, direção, velocidade e suspensão bastante equilibradas, aliado a isto, o conforto de um carro potente e com bastante torque, o que resulta em saídas rápidas e muita força em subidas de serra e ultrapassagens mais que seguras na estrada. Apesar do tamanho, é um veículo fácil de conduzir na cidade. Porém na época do seu lançamento, o carro foi criticado por seu acabamento inferior em relação ao seus "irmãos" americanos.
Graças a suas características positivas, o Opala foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1972.
O Opala SS foi lançado em 1971, para disputar o mercado de carros esportivos, e vinha com um acabamento completo e esportivo como volante 3-raios, bancos individuais, câmbio de 4 marchas no assoalho, rodas esportivas, faixas na pintura, e o motor 4100 6 cilindros, o maior motor, feito pela GMB (General Motors do Brasil). Apesar de seu grande sucesso, a Chrysler do Brasil, lançou o Dodge Charger R/T com o V8 318 5.2, e a Ford o Ford Maverick GT V8 302, o que acabou ofuscando o brilho Chevy Opala SS até 1975.
Em 1976 estrelava o motor de competição 250/S com tuchos mecânicos (apenas neste ano), e taxa de compressão elevada, o que levou a testes da revista 4 Rodas a elegerem o carro mais veloz do Brasil com 189 km/h superando o modelo Dodge Charger da Chrysler e o Maverick da Ford.
A versão SS foi oferecida com 4 portas somente em 1971, no ano seguinte, com 2 portas somente. Em 1974 ganhou a opção do motor 2.5 quatro cilindros, que durou até 1980.
Em 1975, a linha Opala (que recebia uma reestilização mais abrangente) ganhava a versão Station Wagon chamada Caravan.
Desenvolvida a partir da carroceria da Opel Rekord C Caravan, trazia grande espaço para bagagem, com as mesmas opções de motores que equiparam as versões sedã e cupê, inclusive a versão Caravan SS, onde havia a opção dos motores 250-S e 151-S.
Para o ano de 1980 o Opala passou por uma forte mudança de estilo a fim de se adequar à moda das formas retangulares dos carros nos anos 80. Um novo desenho da frente e da traseira, com faróis e lanternas retangulares, embora a parte central da carroceria fosse mantida igual. Em 1981 mudava por dentro, ganhando um novo painel de instrumentos. A partir daí, seguiram alguns retoques em detalhes estéticos e aprimoramentos mecânicos até o fim da sua produção.
Em 1980 também surgiria a famosa versão topo-de-linha Diplomata, onde um pacote de itens de luxo equiparia a toda a família Opala. Dentre os principais requintes, ressaltam-se o ar condicionado com saída para os passageiros no banco traseiro e ar quente. a partir de 1985, recebia vidros elétricos, antena elétrica, retrovisores elétricos, porta malas com acionamento elétrico, travas elétricas, volante com regulagem de altura, dentre inúmeros recursos que o mantinha no topo da linha da GM brasileira.

Fonte pt.wikipedia.org